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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cenário deixado por chuvas é de destruição

Alagoas e Pernambuco têm 42 mortos e mais de 600 desaparecidos; 50 mil casas foram destruídas na região.
Chuvas em Alagoas causaram prejuízo de R$ 740 milhões

Maceió (Alagoas) - O Secretário de Planejamento de Alagoas, Sérgio Moreira, informou que o Estado sofreu um prejuízo de aproximadamente R$ 740 milhões por causa das chuvas. Um relatório de danos foi entregue ao gabinete civil da presidência, que revela que a reconstrução de mais de 19 mil casas destruídas vão custar R$ 575 milhões.
Segundo Moreira, os dados não estão fechados e ainda dependem da verificação de danos nos municípios. Mas, a reforma de pontes e rodovias deve custar R$ 173 milhões, os sistemas de abastecimento R$ 12 milhões e a pavimentação urbana cerca de R$ 8 milhões.
O secretário acredita que a reconstrução de parte de Alagoas atingida pela chuva deve demorar pelo menos dois anos. Ainda serão avaliados danos causados a escolas, unidades de saúde e prédios públicos. Moreira afirma que uma preocupação é selecionar áreas de novas construções para evitar novas tragédias.
As fortes chuvas que caíram em Alagoas afetaram 21 municípios e deixaram 15 cidades destruídas. São mais de 74 mil pessoas desabrigadas e desalojadas. Ao menos 29 pessoas já morreram em decorrência das chuvas no estado.
Moradores da comunidade quilombola de Muquém, em União dos Palmares, conseguiram se salvar da enchente em Alagoas graças a duas árvores que ficam na região. Cerca de 50 pessoas foram encontradas nesta quinta-feira penduradas nos galhos de duas jaqueiras, durante os trabalhos de buscas. O grupo fazia parte dos 607 desaparecidos, segundo a Defesa Civil do Estado.

16 toneladas de donativos
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira o envio 16 t de medicamentos e insumos aos estados de Alagoas e Pernambuco, atingidos por enchentes no Nordeste. A quantidade seria suficiente para atender cerca de 113 mil pessoas em um mês.

Nos dois Estados, 46 mortes foram confirmadas.
O ministério envia também 105 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, para Alagoas. Além disso, técnicos de vigilância epidemiológica do ministério serão deslocados para Alagoas e Pernambuco, a fim de prestar assessoria às secretarias estaduais sobre a vigilância da qualidade da água para consumo humano e prevenção e vigilância de doenças transmissíveis.

Governo de PE pede ajuda a transportadoras
Ontem à noite, o governo estadual fez um apelo para que empresas transportadoras cedam caminhões para levar alimentos até as vítimas da enchente. As doações estão chegando em grandes quantidades, mas não há transporte para levá-las. A Comissão de Defesa Civil de Pernambuco informou que já distribuiu mais de 266 toneladas de donativos para as cidades atingidas e que 15 caminhões estão saindo diariamente do Recife para o interior. Quase 191 toneladas de alimentos e 60 toneladas de água foram entregues.
Na tarde de ontem, em União dos Palmares, em Alagoas, moradores aguardavam o resultado do trabalho de uma máquina retroescavadeira que revolvia a terra atrás de corpos, a poucos metros do rio Mundaú. Ao lado do rio, em uma das cabeceiras da ponte, o dono de um mercadinho e o filho haviam tentado salvar as mercadorias para o primeiro andar do local, mas toda a estrutura fora arrastada pela força da água. O corpo do proprietário foi encontrado há dois dias, debaixo dos escombros de uma escola estadual; o do filho está desaparecido. A mãe está internada em um hospital de Maceió, sob efeito de sedativos.
Em União, a chuva destruiu ruas onde moravam três mil pessoas em 500 casas, segundo sobreviventes. Bombeiros reclamavam do cansaço nos trabalhos. José de Araújo Batista, de 69 anos, um dos 50 empregados de uma fábrica de leite destruída, não acreditava que voltaria a trabalhar.
- Acabou-se tudo, não posso ficar desempregado. O pessoal precisa trabalhar lá - disse.
Na estrada, máscaras contra o cheiro de decomposição
A estrada de asfalto às margens do rio Mundaú ligando o município a outra cidade atingida, Santana do Mundaú, tornou-se uma via de lama. Guardas de trânsito tentaram organizar o caos de carros. Pessoas andavam com máscaras no rosto por causa do cheiro de decomposição no ar.
Em Rio Largo, depois da enxurrada que contorceu os trilhos do trem e arrastou dormentes pesando 500 quilos, o dia era de sol e reconstrução. Em Branquinha, onde trilhos também foram retorcidos, a prefeita Ana Renata Freitas Lopes quer pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chega a Alagoas nesta quinta-feira, a mudança dos limites geográficos da cidade, completamente destruída. Ana Renata quer que Branquinha possa se afastar do rio Mundaú.

Veja fotos:



Veja como ajudar as vítimas:
O Corpo de Bombeiros oferece duas contas para doações em dinheiro: Banco do Brasil, agência 3557-2, conta corrente 5241-8, e na Caixa Econômica Federal, agência 2735, operação 006, conta 955/6.

http://migre.me/QYhV - S.O.S PERNAMBUCO PRECISA DA SUA AJUDA!!! on Twitpic

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Homenagem a minha filha que faz hj 15 anos!




Quando estava grávida da minha primeira filha, a única coisa que vinha na minha cabeça era a vontade que aquela barriga fosse transparente. Porque?? Porque não podia vê-la antes???




A barriga crescia um pouco mais a cada dia e com seis meses fui fazer uma ultrassonografia pra tentar saber o sexo do bebê. Entrei na sala, séria, sem acreditar que pudesse sentir algo num meio de uma hospital onde tudo era recheado de um verde diáfano. Era a primeira vez que fazia uma ultrassom. Deitei na maca, o médico passou aquela gosminha na minha barriga enquanto mostrava as intimidades da minha filha: - Olha, aqui mamãe, o fígado, o fêmur, o crânio, olha aqui, a espinha dorsal - e finalmente o que eu queria saber - sim, é uma menina! 100% de certeza!




Limpei a barriga, agradeci ao médico, fechei a porta e deixei que as lágrimas tomassem conta de mim. Antes, tão séria, tão nervosa, tão pouco crente na maquininha, agora tão feliz. Uma máquina mostrou minha filha dentro de mim. Aquela coisa fria, uma máquina, uma tela de computador, fez uma mágica dentro de mim, me fez ter uma barriga finalmente transparente. Era minha filha, minha Adrielly.




As pessoas passavam, viam aquela barrigudinha chorando, perguntavam se estava tudo bem e eu só rspondendo: Tudo maravilhoso, minha filha é uma menina e se chamará Adrielly.






Ps. Quando estava com três meses de gestação, minha irmã Suelen me perguntou qual seria o nome do bebê caso fosse menina, eu que sempre falei desde muito pequena que se tivesse uma menininha ela teria o nome Adrielly, esqueci e disse alguns nomes que me vieram a cabeça, e minha irmã querida me lembrou:

- Ué, tu não dizia que se chamaria Adrielly???!!

- Ahhhhh, é mesmo!!! Como eu pude ter esquecido, mana, obrigada! Sim, Adrielly,

certamente Adrielly Stephanie. O nome mais lindo que achava...

Hoje minha filha faz 15 anos.

15 anos de um amor maravilhoso, presente vindo de

Deus, sempre e em qualquer situação do meu lado,

meu amor, minha querida melhor amiga, minha filha!

Minha Adrielly.

Meu grande amor!!!

Parabéns a vc filha amada!


terça-feira, 15 de junho de 2010

HISTÓRIA DA COPA DO MUNDO!


História das Copas do Mundo de Futebol, grandes decisões, histórico, Copa da Alemanha 2006, títulos e conquistas das seleção brasileira, curiosidades, Taça Jules Rimet, seleções campeãs, FIFA
História das Copas do Mundo

De quatro em quatro anos, seleções de futebol de diversos países do mundo se reúnem para disputar a Copa do Mundo de Futebol.
A competição foi criada pelo francês Jules Rimet, em 1928, após ter assumido o comando da instituição mais importante do futebol mundial: a FIFA ( Federation International Football Association).
A primeira edição da Copa do Mundo foi realizada no Uruguai em 1930. Contou com a participação de apenas 16 seleções, que foram convidadas pela FIFA, sem disputa de eliminatórias, como acontece atualmente. A seleção uruguaia sagrou-se campeã e pôde ficar, por quatro anos, com a taça Jules Rimet.
Nas duas copas seguintes (1934 e 1938) a Itália ficou com o título. Porém, entre os anos de 1942 e 1946, a competição foi suspensa em função da eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Em 1950, o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo. Os brasileiros ficaram entusiasmados e confiantes no título. Com uma ótima equipe, o Brasil chegou à final contra o Uruguai. A final, realizada no recém construído Maracanã (Rio de Janeiro - RJ) teve a presença de aproximadamente 200 mil espectadores. Um simples empate daria o título ao Brasil, porém a celeste olímpica uruguaia conseguiu o que parecia impossível: venceu o Brasil por 2 a 1 e tornou-se campeã. O Maracanã se calou e o choro tomou conta do país do futebol.
O Brasil sentiria o gosto de erguer a taça pela primeira vez em 1958, na copa disputada na Suécia. Neste ano, apareceu para o mundo, jogando pela seleção brasileira, aquele que seria considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Quatro anos após a conquista na Suécia, o Brasil voltou a provar o gostinho do título. Em 1962, no Chile, a seleção brasileira conquistou pela segunda vez a taça.
Em 1970, no México, com uma equipe formada por excelentes jogadores ( Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres entre outros), o Brasil tornou-se pela terceira vez campeão do mundo ao vencer a Itália por 4 a 1. Ao tornar-se tricampeão, o Brasil ganhou o direito de ficar em definitivo com a posse da taça Jules Rimet.
Após o título de 1970, o Brasil entrou num jejum de 24 anos sem título. A conquista voltou a ocorrer em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Liderada pelo artilheiro Romário, nossa seleção venceu a Itália numa emocionante disputa por pênaltis. Quatro anos depois, o
Brasil chegaria novamente a final, porém perderia o título para o pais anfitrião: a França.
Em 2002, na Copa do Mundo do Japão / Coréia do Sul, liderada pelo goleador Ronaldo, o Brasil sagrou-se pentacampeão ao derrotar a seleção da Alemanha por 2 a 0.
Em 2006, foi realizada a Copa do Mundo da Alemanha. A competição retornou para os gramados da Europa. O evento foi muito disputado e repleto de emoções, como sempre foi. A Itália sagrou-se campeã ao derrotar, na final, a França pelo placar de 5 a 3 nos pênaltis. No tempo normal, o jogo terminou empatado em 1 a 1.
Em 2010, pela primeira vez na história, a Copa do Mundo será realizada no continente africano. A África do Sul será a sede do evento.
Em 2014, a Copa do Mundo será realizada no Brasil. O evento retornará ao território brasileiro após 64 anos, pois foi em 1950 que ocorreu a última copa no Brasil.
Curiosidades sobre a História da Copa do Mundo de Futebol
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O recorde de gols em Copas é do francês Fontaine com 13 gols;
- O Brasil é o único país que participou de todas as Copas do Mundo;
- O Brasil é o país com mais títulos conquistados: total de cinco;
- A Itália foi quatro vezes campeã mundial. A Alemanha foi três vezes, seguida das bi-campeãs Argentina e Uruguai. Inglaterra e França possuem apenas um título cada;
- A Copa do Mundo é o segundo maior evento esportivo do planeta;
- As Copas do Mundo da França (1998) e Japão / Coréia do Sul (2002) foram as únicas que tiveram a participação de 32 seleções. A Copa do Mundo da Alemanha 2006 teve o mesmo número de seleções participantes.
Os campeões de todos os tempos

Uruguai (1930) / Itália (1934) / Itália (1938) / Uruguai (1950) / Alemanha (1954) / Brasil (1958) / Brasil ( 1962) / Inglaterra ( 1966) / Brasil (1970) / Alemanha (1974) / Argentina (1978) / Itália (1982) / Argentina (1986) / Alemanha (1990) / Brasil (1994) / França (1998) / Brasil (2002), Itália (2006).

Seleção do Uruguai: campeã da primeira Copa do Mundo em 1930.

Rumo ao Hexa!!!


terça-feira, 1 de junho de 2010

Processo de Inclusão dos Portadores de Síndrome de Down

Introdução

Autora: Ana Patrícia Beltrão Bastos

A aprovação da Lei de Diretrizes Educacionais - LDB (Lei 9394/96) estabeleceu, entre outros princípios, o de "igualdade e condições para o acesso e permanência na escola" e adotou nova modalidade de educação para "educandos com necessidades especiais." Desde então, a temática da Inclusão vem rendendo, tanto no meio acadêmico quanto na própria sociedade, novas e acaloradas discussões embora, ainda, carregue consigo sentidos distorcidos.

De acordo com uma pesquisa realizada em 1999 pela Federação das Associações de Síndrome de Down, a única realizada no Brasil até o momento, "quase 80% das pessoas com síndrome de down freqüentavam a escola no momento da pesquisa. Quanto à natureza dos estabelecimentos de ensino mais freqüentados: 30% dos estudantes freqüentam escolas especiais públicas e 24% estão em escolas especiais privadas. Observa-se pois, que mais da metade dessas pessoas estão em escolas especiais, o que não coaduna com a tendência mundial para educação inclusiva."


Na efervescência das discussões a respeito da Inclusão, tais dados são reveladores e ganham ainda mais importância neste momento de afirmação das práticas e teorias que a fundamentam. Falar desta para portadores da síndrome de down significa entender que seu grau de desenvolvimento e socialização pode ser bastante satisfatório quando os mesmos passam a ser vistos como indivíduos capazes de fazer parte de um mundo designado para habilidosos e competentes.


O portador da síndrome de down é capaz de compreender suas limitações e conviver com suas dificuldades, "73% deles tem autonomia para tomar iniciativas, não precisando que os pais digam a todo momento o que deve ser feito." (p12). Isso demonstra a necessidade/possibilidade desses indivíduos de participar e interferir com certa autonomia em um mundo onde "normais" e deficientes são semelhantes em suas inúmeras diferenças.

Como se sabe, o referencial de pessoas que vivem segregadas acarreta o desenvolvimento de sentimentos preconceituosos, aumentando a visão de mundo estereotipado. Neste contexto, a escola especial priva esses indivíduos de expandir suas relações sociais e impede que seus esforços intelectuais cresçam. O portador da síndrome de down, e todo aquele com necessidades especiais, precisa antes de mais nada pertencer à sociedade, ser parte integrante e respeitado em suas limitações e alcances.


Por outro lado, "...atualmente, no ensino regular, a criança deve adequar-se à estrutura da escola para ser integrada com sucesso. O correto seria mudar o sistema, mas não a criança. No ensino inclusivo, a estrutura escolar é que se deve ajustar às necessidades de todos os alunos, favorecendo a integração e o desenvolvimento de todos, tenham NEE ou não" (Schwartzman, p253)

O Problema
Mas como mudar o sistema sem propor uma mudança nos seus componentes?
Primeiramente, há de se entender que fatores internos à estrutura escolar, tais como a organização (administrativa e disciplinar), o currículo, os métodos e os recursos humanos e materiais da escola são determinantes para a inclusão desses alunos com deficiência.
Contudo, a figura do professor neste contexto é ainda mais relevante, uma vez que este é desenvolvedor das ações mais diretas no processo de inclusão, quais sejam, lidar com as diferenças e preconceitos por parte de pais e alunos; com as expectativas e possíveis frustrações dos familiares portadores da síndrome; com as limitações e alcances dos próprios portadores, dentre outras.
Neste novo paradigma, onde se verifica o surgimento de novas e maiores responsabilidades, parece clara a necessidade de uma formação mais eclética para o professor, que inclua conhecimentos teóricos específicos com fundamentos médicos, psicológicos, pedagógicos e sociológicos.
Pois bem, exatamente com a intenção de averiguar a qualificação do professor no tocante a esses diversos conhecimentos, desenvolveu-se uma Pesquisa de campo, cujo modelo está inspirado num estudo de caso - uma escola pública do ensino regular de Brasília, pioneira no processo de inclusão.
Metodologia
Para efetivação do estudo, foram elaborados questionários dirigidos para professores, diretores e especialistas que trabalham diretamente com alunos Portadores da Síndrome de Down e que fazem parte do processo de inclusão. Os resultados foram, então, analisados com base em fundamentação teórica para, mais tarde, respaldar proposições de mudança que pudessem interferir positivamente no quadro encontrado.
Análise e Proposição
Os questionamentos trouxeram informações importantes e por vezes reveladoras para compreensão de tantas dificuldades e alguns sucessos.
O professor que trabalha no processo de inclusão, não raro, direciona suas ações em sala de aula por meio de uma vontade enorme de acertar, busca soluções por meios abstratos e que transcendem alguns limites, é um batalhador que sonha com as transformações.
As carências no tocante a expansão de seu conhecimentos teóricos são muitas, mas ainda sim, consegue lidar com questões como identificação de limites e alcances cognitivos, motores e afetivos, ainda que para conhecer as dificuldades dos processos de ensino/aprendizagem das pessoas com síndrome de down, necessitamos da ciência médica, psicológica, sociológica e pedagógica.
O estudo revelou haver lacunas entre os ideais propostos e a prática existente nas escolas, é preciso que para além dos ideais proclamados e das garantias legais, se conheça o mais profundamente possível as condições reais de nossa educação escolar. A partir daí torna-se possível identificar e dimensionar os principais ponto da mudança necessária para o alcance da qualidade que se espera da educação escolar.
Os conhecimentos teóricos trazem contribuições importantes e permitem ao professor fundamentar suas ações. A ausência destes conhecimentos limita as mudanças, restringindo também os papéis que a criança portadora da síndrome pode representar tanto na escola como na sociedade.
Como diria a Professora Doutora Leny Magalhães Mrech da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo "...é preciso fornecer aos professores de classe comum informações apropriadas a respeito das dificuldades da criança, dos seus processos de aprendizagem, do seu desenvolvimento social e individual..."
O professor precisa estar consciente de sua importância e da função que desempenha perante este momento tão importante. Como se vê, é na relação concreta entre o educando e o professor que se localizam os elementos que possibilitam decisões educacionais mais acertadas, e não somente no aluno ou na escola. O sentido especial da educação consiste no amor e no respeito ao outro, que são as atitudes mediadoras da competência ou da sua busca para melhor favorecer o crescimento e desenvolvimento do outro.
Outro dado importante é o conhecimento de uma abordagem holística, no sentido de integração e revelação do contexto de vida do portador da síndrome. A relação com seus pais pode revelar expectativas e/ou frustrações, com irmãos pode determinar sentimentos positivos como grande afetividade ou negativos como vergonha, e amigos, que pode trazer informações sobre preconceitos e conquistas de espaço.
Ter acesso aos outros profissionais, como fonoaudiólogos e fisioterapeutas envolvidos no desenvolvimento deste indivíduo, podem também trazer contribuições significativas para as ações do professor em sala de aula.
Em que pese os esforços da instituição objeto da Pesquisa e, até mesmo, pessoais dos entrevistados, a análise da Pesquisa revela, entre os profissionais envolvidos com o processo de inclusão do portador da SD, por vezes alguma desinformação, outras vezes a informação distorcida.
Tal constatação aponta, necessariamente, para um melhor planejamento da formação dos recursos humanos, entende-se profissionais envolvidos, com vistas a criar uma cultura de base a respeito da Síndrome e outros tipos de deficiência e, também, dos referenciais teóricos tocantes à inclusão, que permita, uma vez combinada organizadamente com o conhecimento e a experiência prática desses educadores, alcançar novos patamares de qualidade no decorrer do processo de inclusão.
A evolução do processo torna-se mais evidente e significativa na medida em que o profissional toma posse dos conhecimentos, sente-se mais seguro e confiante para compreender os limites individuais, independente até das necessidades especiais que os alunos possam apresentar, e consegue explorar as pontecialidades que os mesmos certamente possuem.

Outras Proposições

Após toda a explanação feita sobre o processo de inclusão, que se fixou numa preocupação quanto a formação dos profissionais ligados diretamente com o indivíduo incluso pode-se observar necessidades de trabalhar outros elementos que não foram contemplados na pesquisa e que agora serão mencionados junto a uma proposta de intervenção com sentido de agregar sugestões que visam melhorar as condições de adequação do Portador da Síndrome de Down em escolas do ensino regular.
Família do Portador da Síndrome de Down
Após a (in)formação dos professores, o passo seguinte, é realizar uma entrevista com a família e com o aluno para conhecer melhor a sua convivência familiar e social, suas dificuldades, potencialidades e quais as expectativas com relação a Escola.
Nesse momento deve ser esclarecido sobre a necessidade do comprometimento da família em acompanhar o aluno de forma sistemática em reuniões individuais e coletivas sempre que houver necessidade. Deve ser esclarecida, também, a proposta pedagógica da Escola, desde as regras coletivas até o processo de avaliação. Deve-se colocar, por exemplo, que a sala onde o aluno frequentará as aulas dependerá de análise realizada pela equipe pedagógica em articulação com os professores, levando em consideração, entre outros fatores, a sua idade cronológica.
É preciso que a família sinta-se confortável, segura, confiante e realista diante das novas possibilidades que surgem diante da inclusão.
Família dos Não Portadores da Síndrome de Down
Dentro das proposições, o próximo passo sugere abordar, adicionalmente, a família dos demais alunos como forma, inclusive, de sedimentar uma "primeira ponte" com as crianças que serão colegas de turma do portador da síndrome. A idéia é que sejam promovidos encontros, seminários e palestras que visam gerar uma consciência crítica e cooperativa de todos envolvidos no cotidiano escolar, criar uma nova mentalidade junto aos alunos, educadores e pais de alunos, de modo a garantir o desenvolvimento de todos os alunos, portadores ou não, numa escola de qualidade.
O objetivo é lançar mão de novas (e antigas) proposições de conscientização das desigualdades sociais e culturais, que auxiliem a resgatar a verdadeira função social da escola e democratizá-la em todos os níveis, tornando-a um agente de reformulação dos princípios de ação individual e competitiva para uma articulação de ações solidárias e cooperativas. Enfim, o sentido é socializar os bons resultados para fortalecimento de todos envolvidos.
Colegas de Turma
O próximo passo, não menos importante, é preparar a turma para receber o aluno. Antes do aluno chegar a turma deve ser esclarecida a respeito de sua deficiência e como todos podem se ajudar mutuamente. É de extrema importância criar um clima de expectativas positivas com relação as possibilidades de aprendizagem do aluno e agrupar os alunos desde o primeiro dia de aula.
Ainda que as necessidades específicas de cada aluno possam redundar em adaptações necessárias das atividades realizadas em sala de aula, o mais importante é torná-los cientes da diversidade mas, também, das possibilidades de crescimento individual e coletivo em razão dessas diferenças.
Portadores da Síndrome
Finalmente, o último passo, com todo este aparato de informações oferecido a todos os intervenientes do processo de inclusão, cercar o portador de toda a atenção para que lhe seja permitido, segundo suas próprias possibilidades, desenvolver-se continuamente, tornando-o capaz, inclusive e quando possível, de discernir a respeito de sua condição especial sem, contudo, associá-la a um parâmetro inferior.
Considerações Finais
É na convivência com outros e com o meio ambiente que as necessidades de qualquer ser humano se apresentam. Em razão disso, é importante questionar os critérios que têm sido utilizados para distinguir as necessidades especiais das necessidades comuns e vice-versa, em particular no contexto escolar. Sabemos, de há muito, que o homem se distingue de tudo o mais no mundo pela palavra e pela ação. E, como nos ensina Hannah Arendt, "esta inserção no mundo humano, por palavras e atos, é como um segundo nascimento, no qual confirmamos e assumimos o fato original e singular do nosso aparecimento físico original". É fundamental, pois, a compreensão de que a inclusão e integração de qualquer cidadão, com necessidades especiais ou não, são condicionadas pelo seu contexto de vida, ou seja, dependem das condições sociais, econômicas e culturais da família, da escola e da sociedade. Dependem, pois, da ação de cada um e de todos nós.
Para maiores discussões:
E mail: belanap@icqmail.com

Referências Bibliográficas:
- Federação das associações de Síndrome de Down


Perfil das percepções sobre pessoas com Síndrome de Down e do seu atendimento: Aspectos Qualitativos e Quantitativos (relatório resumido) Brasília, 1999
- Síndrome de Down, José Salomão Schwartznan, São Paulo: Mackenzie: Memnon, 1999
Ana Patrícia Beltrão Bastos Pedagoga e mestranda pela Universidade Portucalense Infante D. Henrique, no BrasilEmail: belanap@icqmail.com

Deficiências - Renata Vilella

Deficiêntes






Frases e Mensagens

Desentupindo os canos: Poluição cano abaixo


Coleta de óleo de cozinha alcança 1,3 milhão de litros por mês, mas isso representa apenas 5% do que é descartado.
A cada seis meses, a administradora de empresas aposentada Ana Maria Cantarella, síndica de um condomínio residencial na Vila Mariana, precisava mandar desentupir os canos de sua rede de esgoto. Essa situação mudou há um ano, quando ela implantou a coleta de óleo de cozinha. “Todo mês, recolhemos cerca de 20 litros” , conta Ana Maria. “Parece pouco, mas já deu resultado.” Quando vai pelo ralo, a gordura causa estragos.
“Ela funciona como uma cola entre outros dejetos, formando pedras que obstruem a rede”, explica o engenheiro químico Marcelo Morgado, assessor de Meio Ambiente da Sabesp. Apenas 1 litro desse resíduo pode contaminar 25 000 litros de água. Como o condomínio de Ana Maria, cerca de 4 000 prédios recolhem óleo usado atualmente na cidade. Há três anos, eram 400. Apesar do crescimento, esse número ainda é pequeno: estima-se que 1,3 milhão de litros de óleo sejam coletados todo mês na Grande São Paulo, o que corresponde a apenas 5% do total descartado.
Uma das pioneiras na coleta de óleo em São Paulo é a Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César (Samorcc). Em 2006, a presidente Célia Marcondes procurou a ONG Trevo, que recolhia o resíduo em estabelecimentos comerciais desde 1992, para implantar a coleta em sua região. “Contamos com o apoio da Sabesp e da prefeitura, mas o poder público deveria ser mais atuante, fazendo campanhas de conscientização”, afirma Célia, que neste ano criou a ONG Ecóleo.
De acordo com Rose Marie Inojosa, diretora da Umapaz, instituição de educação ambiental ligada à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, é preciso agora mostrar à indústria a importância do óleo de cozinha. “ Esse resíduo tem valor comercial. Serve, por exemplo, para a fabricação de sabão, de massa de vidraceiro e de biodiesel”.
Coordenador do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas (Ladetel) da USP de Ribeirão Preto, o professor Miguel Dabdoub considera que o melhor destino para o resíduo é sua transformação em biodiesel, já que a demanda é crescente. Por lei, o diesel comercializado nos postos deve ter a adição de um porcentual de biodiesel, que a partir de 2010 será de 5%. “O maior problema é que a indústria não está preparada para trabalhar com o material usado, que requer mais conhecimento técnico”, diz.
Atualmente, o Ladetel recolhe cerca de 200 000 litros de óleo por mês, que são transformados em biodiesel destinado à frota do laboratório. A equipe de Dabdoub conseguiu desenvolver um método que transforma 1 litro de óleo residual em 1 litro de biodiesel. Na indústria, a eficiência de transformação é de cerca de 85%. Isso significa que 1 litro de óleo descartado resulta em 850 mililitros de biodiesel.
Ainda assim, se a coleta é feita em larga escala, torna-se viável. ' E engana-se quem pensa que é suficiente descartar o óleo no lixo comum, em garrafas plásticas, no lugar de jogá-lo cano abaixo. Em caso de vazamento, pode haver a contaminação do solo e do lençol freático. Uma boa notícia: em julho, o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan) lançou uma campanha para que as padarias da cidade deixassem à disposição dos clientes um contêiner para o descarte de óleo. Até agora, 82 desses estabelecimentos aderiram.
ONDE DESCARTAR
Quem mora em casa deve procurar o ecoponto - local para despejo gratuito de dejetos - mais próximo.
Para condomínios, a ONG Trevo vende por 30 reais um recipiente de 50 litros e faz a coleta assim que ela fica cheia.

impunidade na rede


Internet contribui para a exploração sexual infantil
Em um ano, o fenômeno da pedofilia na internet cresceu 16,5%. Hoje, 135 sites com pornografia infantil são criados, diariamente, e menos de 1% das crianças abusadas são identificadas para receber tratamento. Ficou chocado? Segundo a ONG italiana Telefono Arcobaleno, a sociedade é a principal culpada pelo crescimento desse fenômeno, já que ainda se omite diante desse tipo de crime.
Há dez anos, o governo federal instituiu, em 18 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente, mas o Brasil e o mundo não parecem ter motivos para comemorar a data, sobretudo quando o assunto é a pedofilia na internet. Segundo o relatório “On line Child Abuse and Sexual Exploitation”, publicado anualmente pela ONG italiana Telefono Arcobaleno, que atua no combate ao abuso e à exploração sexual infantil online, o fenômeno de pedofilia na internet tem crescido assustadoramente. Apenas em 2009, a ONG mapeou, em todo o mundo, 49.393 sites de conteúdo erótico infantil, o que representa um aumento de 16,5% em comparação ao ano de 2008, e o índice não para de crescer. Por dia, cerca de 135 novos sites de pedofilia pipocam na rede e o pior: fazem sucesso. Aproximadamente, 100 mil internautas acessam, diariamente, cada um desses portais de pornografia infantil. O fenômeno acaba chamando a atenção das empresas ligadas ao mercado do sexo, que procuram esses sites para anunciar (irresponsavelmente) suas marcas e produtos. Atualmente, pelo menos, 3.500 sites desse tipo são financiados por publicidade, o que, consequentemente, incentiva a aparição de novos portais com conteúdo erótico infantil. Trata-se de um ciclo vicioso, segundo o relatório da Telefono Arcobaleno, que só terá fim quando as pessoas passarem a denunciar esse tipo de conteúdo, ao invés de apenas fechar a janela de seus navegadores.
SILÊNCIO DOS INOCENTES
A omissão dos internautas e das próprias vítimas da pedofilia na internet é o principal fator para o crescimento desenfreado desse fenômeno, seguido do excesso de tolerância que os provedores de internet apresentam para conteúdos ilegais e da ausência de legislação específica para o assunto em diversos países, inclusive no Brasil. De acordo com o relatório da Telefono Arcobaleno, as crianças e adolescentes que passam por esse tipo de situação não denunciam seus aliciadores porque, na maioria dos casos, pessoas próximas das vítimas estão envolvidas, de alguma maneira, na situação de pedofilia. Para os abusados, é difícil denunciar alguém que costumavam amar, sobretudo diante de chantagens emocionais e ameaças de humilhação pública. Já os adultos que, de alguma maneira, tomam conhecimento sobre esse tipo de crime, deixam de denunciar porque julgam a história terrível demais para se tornar pública, segundo a ONG italiana. O resultado: menos de 1% das crianças abusadas conseguem ser identificadas pelas autoridades para receber tratamento psicológico adequado.
QUEM SÃO ELES?
O relatório publicado pela Telefono Arcobaleno também apontou o perfil das pessoas que costumam cometer esse tipo de crime na rede. A maioria dos pedófilos online, cerca de 22,3%, nasceram nos EUA. Os alemães aparecem em segundo lugar no ranking, representando 17,6% do total de pedófilos online mapeados pela ONG, e são seguidos pelos ingleses (6,5%), russos (6,1%), italianos (5%) e franceses (4,8%), o que classifica os europeus como os que mais cometem crimes de pedofilia na internet. No entanto, surpreendentemente, os EUA não aparecem como o país com o maior número de sites com conteúdo erótico infantil, apesar da maioria dos pedófilos ser norte-americana.

ACESSIBILIDADE

ACESSIBILIDADE
O Detran do Rio de Janeiro passou a oferecer no seu site, um curso e um simulado em Libras (Língua Brasileira de Sinais) Acesse o site aqui:

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