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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Amamentação: um gesto divino de entrega e amor.


Após o primeiro ano da vida, a criança come praticamente tudo o que os demais integrantes da família. Mas, claro, com algumas modificações. Falaremos sobre esse assunto nas próximas edições. A amamentação é antes de tudo um grande ato de generosidade e prazer. Mas, nem por isso, reafirmo, é uma coisa fácil. Sobretudo quando se é mãe pela primeira vez, já que há uma dificuldade natural em se acomodar ao bebê. Este, por sua vez, pode pegar errado na mama e gerar rachaduras, feridas, mastite, dor, muita dor... Mas, depois que tudo passa (pois tudo passa, acredite), vem o enorme prazer! É uma experiência única, sublime, ver aqueles dois olhinhos te olhando... Nessa hora muito especial, você consegue sentir plenamente que nunca alguém te amou tanto e dimensionar o tamanho de um grande e verdadeiro amor.

Mães desinformadas e mal-orientadas podem pensar erroneamente que, assim que dão à luz, o seio começa a jorrar leite. E, caso isto não ocorra, acham que não têm leite e passam a dar mamadeira, desistindo da amamentação. É importante saber que o primeiro leite que produzimos é o colostro – um leite muito concentrado, nutritivo e com muitos anticorpos. É a primeira “vacina” do bebê. Líquido transparente, é importante que toda criança seja amamentada com ele e a toda hora. Além da proteção imunológica, esse precioso líquido ajuda o bebê a treinar o jeito certo de mamar. O colostro é de fácil digestão e, por isso, o bebê tem necessidade de mamar várias vezes durante o dia e, em especial, à noite, estimulando assim uma maior produção de leite. Além do quê, isso evita a hemorragia na mãe -- veja como a natureza é sábia! Ao mamar no peito, a criança se fortalece, se acalma e se reconhece no novo mundo. Mais: cria vínculos cada vez mais fortes com a mãe. Bendita amamentação!!

O leite materno é sem dúvida o melhor e mais completo alimento para o bebê. Desse modo, até os seis meses de idade, não é preciso oferecer água, chás ou mingaus. No início, as fezes do bebê são bem moles e a urina bem clarinha em razão de o leite materno não sobrecarregar nem o rim, nem tampouco o intestino da criança. Além disso, o leite materno protege a criança da maioria das doenças. Costumo dizer que a criança que mama no peito está livre de tudo quanto é mal! Mamar no peito é tudo de bom! Melhor: é indiscutível a praticidade do aleitamento. Toda mulher que amamenta o filho não precisa carregar bolsas cheias de latas e mamadeiras, nem se preocupar com a temperatura ideal, já que o leite fica sempre quentinho e protegido de agentes contaminantes. Uma ocorrência, aliás, bastante comum em mamadeiras. Ao amamentar, toda mulher amplia o seu elo de amor e carinho. Sua confiança se fortalece. E, a cada instante, mãe e filho vêem seu amor ganhar forma e força.

Outros aspectos importantes: pesquisas atuais apontam que toda criança que mama no peito por mais tempo tem chances menores de ser obesa. Melhor: ela se mostra mais tranqüila e segura. Outros estudos científicos demonstram que a amamentação diminui a chance de a mãe desenvolver câncer de mama ou de ovário. E toda mulher pode amamentar? Sim, com exceção daquelas portadoras do vírus HIV e de tuberculose. Mas, mesmo aquelas desnutridas produzem leite de boa qualidade nutricional, e estão também aptas a amamentar. É importante observar que, durante o período de amamentação, a mulher deve aumentar a ingestão de líquidos (água, sucos, leite, chá, etc.) e adotar uma alimentação equilibrada, saudável e com uma boa quantidade de cálcio. Pode-se satisfazer essa última necessidade da mulher com duas xícaras de leite desnatado a mais por dia. É recomendável se evitar bebidas alcoólicas durante a amamentação, já que podem causar sérios prejuízos ao desenvolvimento do bebê. Além disso, a mãe também deve ter períodos de descanso regulares durante o dia.

Para se saber se um bebê está sendo bem amamentado, basta observar se ele ganha peso. Outra dica é constatar se a criança molha diariamente cerca de sete fraldas ou mais. Uma vez consumada, a gestação segue o seu curso natural -- já a amamentação não. Ela pode ser uma escolha e você pode optar por amamentar ou não. Sob o meu ponto de vista, o aleitamento materno é o melhor método que se pode escolher para alimentar e, ao mesmo tempo, amar nossos filhos. É o que podemos dar de melhor! Mas é preciso querer e acreditar nisso e estar confiante e consciente sobre todos os benefícios que pode colher com esse pequeno e importante gesto. Incluindo os vínculos de união e afeto que se formam, os quais se levam por toda a vida.

Para mim, a amamentação sempre foi, e sempre o será, o mais nobre ato de amorconcedido a nós, mulheres! Um presente divino!

Um grande abraço de paz e até a próxima!

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