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terça-feira, 1 de junho de 2010

impunidade na rede


Internet contribui para a exploração sexual infantil
Em um ano, o fenômeno da pedofilia na internet cresceu 16,5%. Hoje, 135 sites com pornografia infantil são criados, diariamente, e menos de 1% das crianças abusadas são identificadas para receber tratamento. Ficou chocado? Segundo a ONG italiana Telefono Arcobaleno, a sociedade é a principal culpada pelo crescimento desse fenômeno, já que ainda se omite diante desse tipo de crime.
Há dez anos, o governo federal instituiu, em 18 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente, mas o Brasil e o mundo não parecem ter motivos para comemorar a data, sobretudo quando o assunto é a pedofilia na internet. Segundo o relatório “On line Child Abuse and Sexual Exploitation”, publicado anualmente pela ONG italiana Telefono Arcobaleno, que atua no combate ao abuso e à exploração sexual infantil online, o fenômeno de pedofilia na internet tem crescido assustadoramente. Apenas em 2009, a ONG mapeou, em todo o mundo, 49.393 sites de conteúdo erótico infantil, o que representa um aumento de 16,5% em comparação ao ano de 2008, e o índice não para de crescer. Por dia, cerca de 135 novos sites de pedofilia pipocam na rede e o pior: fazem sucesso. Aproximadamente, 100 mil internautas acessam, diariamente, cada um desses portais de pornografia infantil. O fenômeno acaba chamando a atenção das empresas ligadas ao mercado do sexo, que procuram esses sites para anunciar (irresponsavelmente) suas marcas e produtos. Atualmente, pelo menos, 3.500 sites desse tipo são financiados por publicidade, o que, consequentemente, incentiva a aparição de novos portais com conteúdo erótico infantil. Trata-se de um ciclo vicioso, segundo o relatório da Telefono Arcobaleno, que só terá fim quando as pessoas passarem a denunciar esse tipo de conteúdo, ao invés de apenas fechar a janela de seus navegadores.
SILÊNCIO DOS INOCENTES
A omissão dos internautas e das próprias vítimas da pedofilia na internet é o principal fator para o crescimento desenfreado desse fenômeno, seguido do excesso de tolerância que os provedores de internet apresentam para conteúdos ilegais e da ausência de legislação específica para o assunto em diversos países, inclusive no Brasil. De acordo com o relatório da Telefono Arcobaleno, as crianças e adolescentes que passam por esse tipo de situação não denunciam seus aliciadores porque, na maioria dos casos, pessoas próximas das vítimas estão envolvidas, de alguma maneira, na situação de pedofilia. Para os abusados, é difícil denunciar alguém que costumavam amar, sobretudo diante de chantagens emocionais e ameaças de humilhação pública. Já os adultos que, de alguma maneira, tomam conhecimento sobre esse tipo de crime, deixam de denunciar porque julgam a história terrível demais para se tornar pública, segundo a ONG italiana. O resultado: menos de 1% das crianças abusadas conseguem ser identificadas pelas autoridades para receber tratamento psicológico adequado.
QUEM SÃO ELES?
O relatório publicado pela Telefono Arcobaleno também apontou o perfil das pessoas que costumam cometer esse tipo de crime na rede. A maioria dos pedófilos online, cerca de 22,3%, nasceram nos EUA. Os alemães aparecem em segundo lugar no ranking, representando 17,6% do total de pedófilos online mapeados pela ONG, e são seguidos pelos ingleses (6,5%), russos (6,1%), italianos (5%) e franceses (4,8%), o que classifica os europeus como os que mais cometem crimes de pedofilia na internet. No entanto, surpreendentemente, os EUA não aparecem como o país com o maior número de sites com conteúdo erótico infantil, apesar da maioria dos pedófilos ser norte-americana.

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